Análise de Risco de Queda em Árvores
Urbana
Betim;
Brumadinho; Caeté; Capim Branco; Confins; Contagem; Esmeraldas; Florestal;
Ibirité; Igarapé; Itaguara; Itatiaiuçu; Itaúna; Jaboticatubas; Juatuba; Lagoa
Santa; Mário Campos; Mateus Leme; Matozinhos; Nova Lima; Nova União; Pedro
Leopoldo; Raposos; Ribeirão das Neves; Rio Acima; Rio Manso; Sabará; Santa
Luzia; São Joaquim de Bicas; São José da Lapa; Sarzedo; Sete Lagoas; Taquaraçu
de Minas; Vespasiano/MINAS GERAIS.
Análise de risco
de queda de árvores urbanas tem se tornado no Brasil uma necessidade da
gestão pública e privada.
O
risco de queda está
intimamente ligado ao que será atingido, uma vez que o maior risco é quando há
a possibilidade de atingir alguém. A queda
pode ser causada por diversos fatores, como: chuvas fortes e longas, podas
irregulares, rajadas de vento, raiz
instável [1].
Ultimamente a administração pública tem demonstrado uma preocupação maior com o risco em que uma árvore pode causar a um morador. Riscos que podem trazer transtornos desde danos estruturais até
perdas humanas.
Atualmente discute-se muito a melhoria da
gestão adequada do manejo das árvores
urbanas. As concessionárias de energia elétrica tornam-se parceiras das
prefeituras por ter a obrigação de garantir o fornecimento de energia à população. Empresas
privadas também preocupam com as árvores
internas nos seus espaços. Por questões de segurança, por questões do risco que
seus colaboradores podem estar submetidos e para evitar danos materiais.
Analisar uma árvore
requer uma série de critérios técnicos com a geração de protocolos. Para
obtenção de uma boa avaliação deve
ser realizada sob dois horizontes: 1) Avaliação
do estado fitossanitário e 2) Avaliação
do risco que a árvore oferece. É necessário
que se defina o objetivo da análise
e a metodologia. A metodologia é um detalhe muito importante, na maioria das
casos uma boa metodologia favorece ao sucesso da análise. Nas análises são empregadas metodologias com uso de
equipamentos ou não. Atualmente existem inúmeras
técnicas de avaliação fitossanitária
de um espécime arbóreo. As técnicas
vão desde uma simples observação das árvores
em que se constatam danos estruturais. Ou o uso de equipamentos que trazem
informações mais detalhadas, como por exemplo: técnica de densitometria por raio X e a por investigação tomográfica. A densitometria
por raio X fornece informações de
pequenas porções de madeira, tornando-se, muitas vezes, necessário realizar
mais medições em diferentes pontos das árvores
para se conhecer a seção investigada. A tomografia
de impulso, por meio de diferentes tipos de energia podem ser utilizados
para fornecer informações sobre a madeira, como ondas de ultra-som, campo
elétrico e ondas eletromagnéticas, raios Y e raios X, permite a reconstrução de
seções transversais inteiras da árvore [2].
Tratando-se de gestão pública ou até mesmo privada dependendo do
objetivo, do prazo, do custo e do número de espécimes a serem analisados provavelmente ficaria inviável ou
impraticável a utilização desta técnica. Porém, em casos específicos para
espécimes considerados importantes ou expressivos para a cidade torna-se
interessante o uso de algum destes métodos. Outra técnica que normalmente é
muito utilizada é a Diagnose Visual,
compreende em analisar o espécime arbóreo
(copa, tronco e raízes) diante de parâmetros avaliativos preestabelecidos sobre os
aspectos observados individualmente em cada espécime. O
monitoramento e as avaliações periódicas da arborização urbana são procedimentos necessários para averiguação das
condições quali-quantitativas existentes e das necessidades de ações para
viabilizar as funções e benefícios estéticos, ambientais, sociais e econômicos,
diretos e indiretos [3]. Esta última é muito subjetiva, daí a necessidade de ter
experiência, treinamento, conhecimento morfológico e histórico da espécie arbórea em análise.
Após conclusão da análise fitossanitária inicia-se a etapa de análise de risco que
esta poderá inferir sob pessoas e aparelhos
urbanos. Esta deve ser baseada em metodologia especifica que comprove as
possíveis falhas (parte das árvores) que poderão ocorrer em função do alvo a
ser atingido e da taxa de ocupação do espaço ao entorno da árvore em avaliação. Devem-se seguir alguns procedimentos com base
na metodologia escolhida para chegar a um resultado satisfatório entre a análise de risco e estado
fitossanitário. Podemos citar alguns protocolos básicos e resumidos para
uma boa análise: a) definir pelo menos quatro alvos; b) descrever o problema da
estrutura e a probabilidade de acontecer e o horizonte de tempo e taxa de
ocupação; c) graduar os riscos
(probabilidade da falha X probabilidade de atingir o alvo); d) graduar os riscos (probabilidade de falha e
impacto X Consequências da falha). Existem outros métodos de avaliação do risco de queda de árvores que podem ser utilizados
dependendo do objetivo e do resultado que se espera obter. Estas avaliações são
consideradas sob as condições normais do tempo e do clima.
Contudo, uma avaliação fitossanitária
e do risco de árvores sempre vai haver uma subjetividade, porém é possível
diagnosticar problemas e tomar decisões mais assertivas quanto ao manejo da arborização urbana.
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Referência:
[1]: SAMPAIO, A. C. F; DUARTE, F. G.; SILVA, E. G. C.; DE ANGELIS,
B. L. D.; BLUN, C. T. Avaliação de árvores de risco na arborização de vias
públicas de Nova Olímpia, Paraná, Revista da Sociedade Brasileira de
Arborização Urbana, Piracicaba, v.5, n.2, p.82-104, 2010.
[2]
NICOLOTTI, G.; SOCCO, L. V.; MARTINIS, R.; GODIO, A.; SAMBUELLI, L. Application
and comparison of three tomographic tecniques for detection of decay in trees.
Journal of Arboriculture 29(2): 66-78, 2003.
[3] MILANO, M. S.;
NUNES, M. L.; SANTOS, L. A.; SARNOWSKI FILHO, D.; ROBAYO, J. A. M. Aspectos
quali-quantitativos da arborização de ruas de Curitiba. In: Congresso
Brasileiro sobre Arborização Urbana, 1., 1992, Vitória. Anais, Vitória: SBAU,
1992. 199-210p.
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